Fazia tempo que eu não escrevia nada...estão vai aí um devaneio de um certo maluco numa noite fria de inverno gaúcho...
Vermelho vinho...
Acordei ainda meio perdido neste quarto vermelho...
Não sei onde estou, vejo mil de mim nos espelhos...
Sinto de lado de lá da cama perfume de mulher...
Nada mais além disso, seria um devaneio qualquer?
Fico novamente de pé, as idéias começam a aparecer...
O que fora essa noite, Deus...não me deixe esquecer!
Você sentia frio, então pedi vinho para aquecer...
A bebida levou-nos a uma conversa sobre o nada...
De cartas de baralho, até mesmo contos de fadas...
E então mudamos o tom, numa discussão mais acalorada...
Não sei se foi o calor da hora, o desejo em explosão...
Nem mesmo se você iniciou, ou foi minha decisão...
O vinho liberou o desejo, o amor, os beijos, o tesão...
Dei por mim, e estávamos lá, agarrados e loucos de desejo...
Quanto tempo imaginei este cheiro, sonhei com esse beijo...
Os seus olhos brilhavam, você se abriu, eu aproveitei teu ensejo...
E naquele momento, o tempo lá fora não existia, parou!
Meu corpo tremia, embebido no teu, a alegria máxima chegou...
Sentimos de novo todo o prazer, e então o corpo não mais suportou...
Você se agarrou a mim, me pedindo segredo e adormeceu...
Prendi você em mim, nada mais foi dito, depois veio um novo dia...
Você partira, deixou apenas um bilhete, e eu nada entendia...
E então volto a este quarto vermelho, do vinho que pouco sobrou...
E onde quer que você esteja, é bom saber, essa noite não acabou!
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