domingo, 23 de setembro de 2012

A maldição do veneno do escorpião


Deitado na cama numa noite fria, seu corpo revira...
Lembranças de um passado atemporal lhe visitam...
Reza ao senhor na esperança que as leve embora...
“O beijo do escorpião contém veneno...” ouvira...
Conhecedor das maldições que esses pensamentos trariam...
Ele sabe que poderá cair no inferno sem demora...

Ajoelhado com as mãos unidas, reza para se acalmar...
Sua mente é uma confusão entre paz, ódio, raiva e alegria...
Confusão tamanha, que por onde passa, anjos se põe a chorar...
E relâmpagos de álcool produzem falsa sensação de euforia...

Volta a dormir na pequena cama, enorme para sua alma...
Grande parte da mesma se fora, roubada pelas mariposas...
E então, nesse sono perturbado, o diabo vêm lhe visitar...
O maldito ser não lhe dá paz, não quer saber de calma...
Teria tantos outros homens a visitar, com boas esposas...
Esses não importam, é muito mais divertido lhe perturbar...

O diabo persiste, impõe com uma adaga seus desejos imorais...
Devastado, arrependido e destroçado por dentro, ele chora...
Implora por uma chance de reconstruir tudo de uma vez...
A Deus implora para que ele esqueça de seus pecados capitais...
Mas a maldição causada pelo veneno no corpo tatuado só piora...
Onde está você agora? Onde fora para a sua lucidez?






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