Indelével

Acorda com a morena, depois de mais uma noite pequena...
Semana passada, possuiu a ruiva, sem lembrar seu nome...
Engana-se quem pensa que o faz por canalhice ou falsidade...
É que ele, carrega no peito uma marca indelével, uma fenda...
O fio de uma fina navalha cortou seu rosto de homem...
E ele só pensa no hoje, não espera que nada seja de verdade...

Senhor de si, e sabedor do que passou, não olha pra trás...
Vive apenas de si mesmo, trabalha, estuda, se esforça mais...
Não perde nenhuma oportunidade, na cara do gol ele mata...
Mas, lá sozinho no seu bar, alguma coisa ainda lhe falta...

Não sabe o que é, nem pensa muito nisso, há pouco tempo...
"O que preciso comprar hoje, paguei a conta, nem lembro"...
São tantas coisas, garrafas cheias e mulheres vazias...
Vive-se só o hoje, na imensidão da vida dourada, vazia...

Mas em algum lugar ela ainda está lá, cheia de inocência...
Está sendo preparada, para empunhar com ele a espada...
Essa jovem será a libertação, o sopro divino de decência...
E a cura da alma, de todo o passado, do corpo maculado...


Por enquanto, eu vou seguindo a minha vida. Vou vivendo o meu caminho, buscando um pouquinho do sol, andando no caminho da luz...Deus está me preparando. Tenha certeza Senhor, eu ainda estou vivo e esse coração ainda bate forte, cheio de sangue e disposição a seu dispor! Me mande ela quando eu estiver pronto, não antes disso!!!

Valeu gente...isso tava derramando faz tempo!