segunda-feira, 27 de maio de 2013

República Federativa do Coitadismo



Ontem vi um programa na televisão que vale a pena comentar...fazia tempo que não via nada do tipo (especialmente em TV aberta), infelizmente era muito tarde e não pude ver tudo. Mas o programa, na band, contava com um filósofo brilhante como entrevistado, o Boechat e o Mitre como entrevistadores e participações do Marcelo Tas. O filósofo sem dúvida era um cara que me daria muito prazer em conversar e aprender. Ele tinha um pensamento bastante singular, e uma análise bastante crítica dos acontecimentos à nossa volta, senão vejamos.

Substituímos tudo o que podemos em termos verbais para suprimir ao máximo a nossa possibilidade de ofender alguém e ser processado. Você já comeu uma afrodescendente com transtornos mentais? Eu não, só comi nega maluca minha vida inteira...isso pode soar bonitinho, tão bonitinho quanto um babaquinha colocando fotos no facebook toda hora ajudando os animaizinhos e fazendo lindos discursos, mas quando ninguém vê, esse mesmo cara pode ser um cretino nojento. O fato é que essas coisas ajudam até um certo ponto, mas hoje vivemos uma ditadura fascista, que limita as pessoas a pensarem e agirem exatamente da mesma forma, tudo em nome dos "coitados".

Sinceramente, sou de descendência alemã, italiana, negra e indígena e aceito numa boa ser chamado de alemão (como muito já me chamaram), meu melhor amigo é negro e nunca ficou chateado por eu ter chamado ele de negrão alguma vez, acima da cor, o respeito e o admiro como pessoa, e isso me faz eu dispensar o "politicamente correto". Respeito é pra quem tem, e não pra quem quer posar de santo no facebook, ou na turminha de babacas da faculdade...ou nos movimentos sociais com uma camisetinha do Che Guevara...

A mídia expõe algumas coisas como motivo de orgulho, para evitar o preconceito social...o termo "favela" por exemplo, foi substituído por "comunidade". Me pergunto, não seria melhor transformar as favelas em bairros bonitos e planejados, com esgoto, segurança e água encanada? Talvez assim, a gente nunca mais falasse em favelas. De fato, como diz o Diogo, "a gente gosta tanto de pobres, que nunca pensa em torná-los menos pobres".

Cultuamos a ignorância. Cultuamos a falta de cultura, o falar errado, a caipirice...o brega, o feio...perdemos a nossa bossa nova, perdemos nossa poesia...em meio aos versos do Luan Santana. Hoje somos uma massa acéfala, sem capacidade alguma de mobilização...no japão, os melhores alunos são admirados. No meu país, eles apanham na hora do intervalo, e debocham deles por aí. Enfim, tudo está muito igual, estou cansado de ver certas coisas...

Quer saber? Eu falo palavrão. Eu bato no coleguinha. Eu faço piadas de português. Eu deixo comida no prato. Eu chamo mulher de gostosa. Eu bebo em dia de semana. Eu não gosto de mediocridade. Eu gosto de carro movido à gasolina. Eu como carne sangrenta. Pobreza pra mim é motivo de vergonha, luto todos os dias contra ela. Eu não acredito em coitados. Eu não acredito no bolsa-família. Eu não acredito no Obama. Eu não acredito no Neymar. Eu não acredito em ONG. Eu não acredito em ninguém que quer salvar o mundo.

Posto isso, com uma foto do meu ídolo da fórmula 1, Kimi "pé de cana" Raikkonen, que sempre foi um estandarte do politicamente incorreto e da liberdade de expressão, ainda que o que ele mais quisesse era só beber em silêncio e falar o menos possível, especialmente com jornalistas esportivos.


Estou com o sangue quente hoje, é bom poder falar de vez em quando. Junte-se a mim e liberte-se ainda que por 1 segundo!

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