segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Balada da viagem da morte


De repente, não mais o calor das janelas no verão...
Só sinto uma doce melodia de morte emanando no ar...
Meus cinco sentidos, já nem sei mais onde eles estão...
A minha alma está indo para o lugar que deve estar...

De repente, não mais o sangue escorre pelas veias...
E as batidas do coração estão ficando enfraquecidas...
A boca não canta essa melodia da morte que se achega...
E a visão que agora oferecem os olhos é escurecida...

De repente não ouço mais o som dos carros passando...
Pálpebras secas, e uma estranha sensação de paz...
Atividades renais, estomacais estão aqui e ali parando...
Acredito que esses olhos não se abram nunca mais...

De repente, não mais completo as frases da minha boca...
Sinto como se estivesse apenas voando noutra dimensão...
Talvez seja bom não mais ouvir minha voz rouca...
Mas me pergunto, onde me levarão ao fim da minha missão?

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