sexta-feira, 20 de junho de 2014

O homem médio (1)


Esses dias, discutindo com umas feministas, fui chamado de "homem médio", o tom desse adjetivo denota que sou uma pessoa burra, quadrada, alienada, sem inteligência ou conhecimento para discutir com eles ou com qualquer tipo de ativista social. Vamos à realidade agora.

Nunca trabalhei numa ONG, nunca militei em partido político nenhum. Também não sou de esquerda. Tampouco vou na bienal, ou participo de coisas no fórum social mundial. Não odeio os americanos, e nem caio de amores por eles. Meu cabelo é cortado curtinho e minha barba é bem aparada. Trabalho num escritório de terno e gravata, e volto para casa sempre às 18 horas. Meu corpo não possui tatuagens. Sou católico, e, apesar de solteiro, ainda um dia quero me casar com uma mulher e ter uma família. Creio que por tudo isso, me consideram um "homem médio". Ah, sou branco, alto, não entrei em nada por sistema de cotas e ganhei bolsa por excelência acadêmica, daí consegui me formar no ensino superior. Antes de mais nada, não tenho preconceito algum contra quem não tem as características descritas acima.

Muito bem, fazendo esse início eu me pergunto, onde estão os demais "homens médios"? Qual a sua opinião à respeito de tanta coisa? Ao que me consta homens médios são a maioria, mas uma maioria cada vez mais calada, distante das coisas. O que ouvimos hoje em dia é a opinião de tantas minorias e muito pouco das pessoas normais, aquelas que trabalham regularmente e pagam suas contas e impostos em dia.

Acho que isso ocorre porque muitas vezes esquecemos que vivemos numa sociedade. Trabalhamos tanto e temos tantas outras atividades que não nos sobra quase tempo para verificar um pouco além dos muros da nossa casa. É preciso mudar essa postura, é preciso entrar na política, participar e combater certos ativistas políticos, é necessário sair da casca. Só construímos uma sociedade melhor com pluralidade de opiniões, e não é isso que tenho visto hoje em dia, principalmente por conta da atuação dos movimentos sociais e de pessoas que fazem o possível para nos convencer que não temos capacidade de avaliar os eventos que acontecem na nossa sociedade. Tem muita gente calada, omissa, ou com medo de dizer o que pensa, simplesmente com preguiça muitas vezes. Vamos acordar, vamos fazer a nossa marcha, a marcha dos homens e mulheres médios, vamos também nós colocarmos o nosso ponto de vista, em defesa de uma sociedade mais equilibrada.

Abraço,

Leonardo

2 comentários:

  1. Concordo contigo em algumas partes. Mas sinceramente acho que você como homem não deve entrar no mérito de alguns assuntos com feministas, por que logicamente você já sai em desvantagem na discussão, pelo fato de você ser homem. Acho que você foi vítima da Erística, o que acontece comumente quando discutimos com pessoas que têm um certo "fanatismo" sobre algo ou assunto. Não deixe que o taxativo "homem médio" exerça poder sobre você, porque foi exatamente com esse intuito que ele foi dito. Tente discutir esses assuntos com pessoas que tenham o pensamento realmente livre da próxima vez, será mais produtivo para ambas as partes.

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    1. Eu não sei quem é você, mas muito obrigado pelo comentário minha cara. O texto denota certamente que és mulher, e mais do que isso, crítica.

      Discutir com feministas, petistas e determinados ativistas é importante para mostrar a eles, que as pessoas estão de olho nos excessos. Eu sinceramente me rotulo como "homem médio" de forma sarcástica, porque não vejo demérito algum nisso.

      Adorei seu comentário, convido-te a sempre continuar aqui comigo, um abraço,

      Leo

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