...enquanto a água quente corria pelo corpo, pensava nas coisas que andavam se passando...veio à cabeça o chefe gritando sobre qualquer coisa que ele pensa que só ele sabe, e as pernas gostosas da mulher dele no churrasco da empresa, as cobranças por metas e faturamentos. Pensou, então, na sua namorada, tão linda, tão disposta, mas ao mesmo tempo o submetendo a uma pressão enorme, porque queria casar...ele estava de saco cheio disso tudo.
Bom, aos poucos a água quente fez seu trabalho e relaxou seu corpo, uma sensação de calma foi lhe tomando conta e aos poucos deu-se conta que não poderia deixar-se abalar pelos problemas, pois o único intuito da viagem era fechar esse negócio, o foco era o resultado, somente ele.
Nem bem havia saído do banho, o celular tocou, era sua namorada, perguntando...
- Você tá bem? Demorou para ligar, está no hotel? Vais sair?
Enfim, aquilo era praticamente um quiz, e sentia-se dentro de um show de perguntas e respostas, cansado disso, tentou ser gentil...
- Amor, está tudo bem, estou recém saindo do banho já nos falamos...
Ouviu de resposta:
- Ai! Credo que frio, que foi que eu te fiz?
Falou para ela que não fizera nada e desligou, puxa! Precisava mesmo de um tempo! Enquanto assistia alguma coisa na TV pensou no que iria pedir para comer. Ele estava cansado da viagem e não planejava sair para jantar.
Mudou de ideia e desceu até o bar do hotel. O bar não estava muito cheio e sua decoração lhe remetia ser mais antiga que a do próprio hotel, percebia-se um certo descuido com o lugar, o que era uma pena, era um bar ainda muito bonito, com um ambiente agradável, umas luzes vermelhas iluminavam o ambiente.
Pediu uma cerveja e um prato de filé. Comia com prazer carne vermelha e a noite era convidativa para beber uma cerveja. O garçom serviu-lhe o prato e conversou um pouco com ele, e, depois que saiu, ficara distraído. Porém alguma coisa lhe chamou a atenção, e parou o seu olhar nisso por um instante. O objeto que contemplava em questão era uma morena de olhos verdes...
(Continua)
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