segunda-feira, 18 de março de 2013

Noite fria



Naquela noite fria, ouvia-se os passos contra o chão...
Vozes no vazio, tristes lamentos perdidos, de solidão...
Do céu, percebe-se uma chuva fina, vazia e gelada...
Vultos das luzes parcas, semelhantes a almas penadas...

A água da chuva escorre nas paredes velhas, devagar...
Sua descida se equipara às lágrimas sofridas, contidas...
Essa contenção se deve à noite escura, que esconde...
E ao vazio no ar, com perguntas que não se respondem...

Seguindo em frente, percebe-se uma sombra perseguidora...
Movimenta-se como um gato preto, atitude ameaçadora...
O que será isso? Porque isso está atrás de mim agora?
Melhor não olhar para trás, melhor daqui ir embora...

A roupa está molhada, o frio se sente até os ossos...
A angústia consome a alma, melhor fugir a algum lugar...
Olho para uma casa velha, será que posso entrar? Posso?
Mas aí vem a pergunta, entro aí, e o que devo esperar?


Preciso reagir, porra! De uma vez, tá na hora de acordar...

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