segunda-feira, 3 de março de 2014

A doce ilusão do Carnaval


Entre as máscaras do baile mais tradicional da cidade trocam-se olhares...
Quem é você me diga logo mulher, que eu quero mesmo saber do seu jogo...
Conte-me a sua história, no que trabalha, você me conhece que de lugares?
Ou então não me diga nada, e deixe-se se arder nos meus braços com fogo...

Tento te reconhecer por tatuagens, pelos sinais do corpo, já vi outra vez...
Esse cheiro na pele, é Dior? Givenchy? Jean Paul Gaultier? belo perfume...
Você se esconde atrás da máscara, desfila pelo salão arrogante, altivez...
Na dança, pares se misturam, e o suor dos corpos produz um doce azedume...

Há quem diga que no salão existem dois tipos de dançarinos alegóricos...
Existem aqueles tristes dançarinos que dançam para poder se lembrar...
Assim como existem outros mais alegres que pra esquecer se põe a dançar...
Mas na pista de dança todos os sentimentos vãos são meramente ilusórios...

Dancei com todas as mulheres que me pediram, loira, ruiva, japonesa, morena...
Procurei em todas elas aquele cheiro, porém em nenhuma delas tive êxito...
Talvez eu tenha que procurar ainda mais, a noite infelizmente é pequena...
Deixa eu te mostrar o meu melhor, deixa eu te tocar com tudo de jeito...


Aquilo que acontece no carnaval, fica no carnaval...
Aquele que conhece a esquina do pecado, sempre dá a volta na quadra...








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