terça-feira, 31 de março de 2015

Grito no silêncio (os inúmeros tons)


Passei para dar um oi a minha tristeza...
Vim aqui para ter um pouco de certeza...
Vejo o terror vindo bem devagar...
Que chegou aqui na hora de descansar...
E tudo que ficou preso na minha mente...
Não some tristemente...
É só um grito no silêncio...

Nos sonhos falsos andei sozinho...
Em ruas imundas e sem caminho...
Debaixo das luzes das velas da mulher...
Que desprezei e tratei como qualquer...
E agora minha visão está embaralhada...
Pois só vivi de escudo e espada...
E com ela rasguei...
Como um grito no silêncio...

Ninfetas nuas eu vi aos montes na rua...
De dez mil, nenhuma para chamar de sua...
Mulheres que dizem sem nada a falar...
E outras que ouvem sem nada a escutar...
E eu aqui escrevendo coisas de inúmeros tons...
Palavras vazias, ridículas, que não emitem sons...
E ninguém ousa criticar...
Morto é um grito no silêncio...

"Idiotas" talvez você me diga...
Porque o silêncio é doença que fatiga...
Eu digo coisas que não posso ensinar...
Mas te ofereço meus braços pra abraçar...
Esse texto é como chuva no mar...
Ele vai se misturar...
Junto com o grito no silêncio...

Por fim os fiéis e infiéis vão rezar...
Uns de medo, outros com culpa pra descontar...
Do céu, Deus desceu um raio de luz...
E então ele avisou "falsa reza não me seduz"...
E ainda disse, não tenho mais nenhum profeta...
Nem mesmo esse rapaz que escreve textos bregas...
Até porque ninguém o irá ouvir...
Pois o silêncio não ouve gritos...


Minha pequena revisitada numa das letras mais bonitas e intrincadas que conheço.
Lembrando a quem vem ler o sol aqui, que pode encontrar também na nossa página no face: https://www.facebook.com/Soldeleonardo?ref=hl
Também pode encontrar meus textos publicados mensalmente, aqui na nossa cidadezinha.

Um abraço para vocês, as coisas andam bem, mas é preciso lutar muito para melhorar ainda mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário