sábado, 22 de dezembro de 2012

O menino de rua e o fim do mundo


Mais uma vez por aqui, e eu ando (andava) com as idéias meio desconexas...até que um triste fato me chamou a atenção ontem pela manhã.

Eu vinha de uma viagem relativamente longa para ir trabalhar, e não havia comido nada quando saí desde que acordei. Entrei num posto de gasolina pelo caminho e comi qualquer coisa na loja de conveniência. Antes de entrar, porém, me deparei com uma cena que sempre me aborrece: Vi um menino na porta da loja de conveniência pedindo dinheiro. É uma cena que sempre me entristece, haja vista que nunca sei que tipo de solução eu individualmente ou a sociedade podemos dar (dar comida? dar dinheiro? chamar o serviço social? acho que nada disso dará jeito).

Estava chovendo, e ele estava todo molhado. Me chamou muita a atenção o fato de ele ser uma criança bonita, preservando em seu olhar uma certa candura, diferente da maioria dos meninos de rua, com o olhar desafiador e uma expressão mais agressiva...ele tinha um olhar doce, apesar de muito triste. Notei que a minha percepção se refletia nos olhos dos dois homens que trabalhavam na loja de conveniência, que comentaram comigo:

- Esse menino não tem mãe, é criado pela avó, que o agride sistematicamente...

Espero, de coração, que esse menino não se revolte contra o mundo e use a sua dor, aquela dor que ele carrega nos olhos, para ser um adulto melhor, um sobrevivente. Eu sempre digo que tenho o defeito de acreditar nas pessoas, felizmente (?) eu não mudo nesse sentido.

Como bem sabemos, o mundo felizmente não acabou ontem. Até porque, de certa forma, foi feita uma interpretação errada das previsões maias. Na verdade ontem deveria ter se fechado um ciclo. E, nesse novo ciclo que se abre, eu espero não ver mais esses pobres meninos de rua por aí, não quero mais ver corações de jovens partidos, não quero mais ver sinais de violência, nem nada disso...

Eu vejo tanta gente por aí preocupada com coisas menores. Uma gente mesquinha, que não pensa nos outros, que só vê o seu mundo, e não pensa em como poderia fazer desse mundo um mundo melhor...se pudessem me dar um presente de natal hoje, eu pediria apenas que se lembrassem que o mundo é algo maior, e que podemos fazer grandes revoluções, a partir de uma revolução por dentro de nós mesmos. Somos infinitos através de nossas ações e feitos da mesma matéria que compõe os sonhos...meu sonho, hoje, é não ver mais crianças nas ruas sem nenhum sinal de amor e carinho...e o de vocês?

Desculpem-me, estou com os olhos marejados, tem certos temas que sempre me sensibilizam demais...um abraço pra vocês!



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