Questões

Nesse mundo desregulado e sem coração que vivemos, a maioria das pessoas tenta buscar uma forma de planejar o seu futuro.

Fazemos seguros de carro, da casa, concursos públicos. Tentamos garantir o que temos de alguma forma. Temos de nos perpetuar, temos de garantir a continuidade da nossa espécie. Aí vemos as ações balançando a cada nova pesquisa eleitoral, dois pontos a mais ou a menos, os papéis das grandes empresas mudam, as decisões nos gabinetes mudam conforme previsões sobre os cenários econômicos futuros.

Levamos essa dependência do futuro também para nossas relações afetivas. Na vã tentativa de não sofrer pelo que sentimos, vivemos fazendo um joguinho esquisito, de ocultar o que sentimos, ou então de viver nos questionando se essa ou aquela pessoa é a correta, ou se este ou aquele caminho realmente é o melhor.

Somos diletantes no que sentimos. Vivemos nos fazendo perguntas sobre pra onde vamos, ou o que realmente estamos fazendo, se está certo, se dará lucro, se seremos ou não bem sucedidos. Teremos ou não aquele cargo? Aquela mulher será ou não minha? É certo ou errado votar na Dilma?

Enfim, estamos mesmos acordados enquanto projetamos o futuro? Creio que não...estamos tão preocupado com o que pode acontecer, ou com o que outros podem pensar, que não estamos vivendo o dia de hoje. E este dia é muito importante. Sendo felizes hoje, é bem provável que aguentemos melhor nossos possíveis futuros reveses. Então, porque não paramos de nos questionar tanto, e paramos um pouco com isso de buscar a perfeição constante.

Vamos viver um pouco mais. Vamos apostar um pouco mais. Vamos falar a verdade um pouco mais. Vamos brigar um pouco mais. Vamos amar um pouco mais. Pode ser que amanhã não dê mais tempo, e nossa vida é agora!

Abraço,

Leo