terça-feira, 19 de maio de 2015

S.O.S. 240


Um fato importante do qual me lembro de quando eu era pequeno, é que eu morava ali no bairro cantão, e estudava durante a primeira e a segunda série do finado "primeiro grau" na colégio Portão Velho. Para que eu pudesse chegar à escola, era necessário atravessar a "faixa" ali nas imediações do antigo supermercado Atz. Meu pai tinha muito medo de que eu pudesse ser atropelado ao atravessar na rodovia, então ele me levava na escola todos os dias. O medo dele era justificável, haja vista de que muitas crianças à época acabaram sendo vítimas de atropelamento naquele ponto, e suas imediações.

Desde aquele tempo, havia de parte da população o desejo e de parte dos governos a promessa da construção de uma passarela naquele ponto, promessa essa que nunca fora cumprida, entrava e saía governo. Posteriormente, foram instaladas lombadas eletrônicas com velocidade máxima de 60 Km/h. Eu particularmente, nunca concordei muito com aquilo, porque para mim o caráter disso é muito mais arrecadar dinheiro, do que trazer algum tipo de melhoria para a sociedade.

Entretanto, não posso negar que a simples presença daqueles controladores ali instalados, reduzindo a velocidade dos automóveis, já atuava como um facilitador para que as pessoas pudessem atravessar a rodovia com maior segurança nos pontos onde fora instalada. Ao final do governo Tarso, que agora passa os dias a criticar seu sucessor, em caráter visivelmente eleitoreiro, foram sendo retiradas as lombadas eletrônicas porque o contrato não seria renovado pelo governo atual, no eterno "Gre-Nal" político que virou o nosso estado (e aqui não me interessa nem um pouco apontar o culpado, seja ele quem for). Também dizia-se ao final do ano passado, que a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) já tinha aprovado em seus orçamentos o projeto de instalação de uma passarela ali perto do mercado Atz. Vale lembrar que os recursos captados pelo pedágio devem servir a este fim, ou seja, para a conservação e sinalização da rodovia, como para a construção de melhorias e benfeitorias na mesma, principalmente para estes últimos.

Acompanhei a dificuldade de nossa imprensa local em obter informações da EGR sobre diversas questões ao início deste ano. Ah, outra questão particular minha, é que, desde já, sou contrário a todo e qualquer tipo de empresa pública. Para mim, em si mesmo esta expressão "empresa pública" me causa um certo pavor. Na minha concepção, a classe empresarial é a agente do desenvolvimento econômico, e deve ser, o mais apartada possível do estado, para que possamos ter inovação, criatividade e produtividade, desconstruindo a figura de estado paternalista que o Brasil sempre foi, à reboque de suas grandes empreiteiras, fisiologismo e empreguismo coletivo (que acontece inclusive na nossa pobre prefeitura).

Voltando a questão da nossa rodovia, além de estarmos sem proteção nenhuma para as pessoas num ponto de tanto movimento e fluxo de pessoas, quando voltarmos com as lombadas eletrônicas, porque seguramente elas voltarão a ser instaladas (ninguém seria louco de perder tal arrecadação) teremos problemas iniciais de adaptação, ocasionando alguns acidentes de trânsito. Quanto mais passar o tempo, mais este outro problema ficará agravado, porque os motoristas estarão mais e mais acostumados com a velocidade atual, do que com a anterior.

Assim sendo, venho por meio deste pequeno artigo perguntar: Porque a demora na instalação das lombadas eletrônicas, visto que é um investimento que "se paga"? Mais do que isso, onde está a passarela que já está aprovada no orçamento da EGR para aquele ponto?

Abraço,

Leonardo.

PS: Perdi um pneu num buraco na ponte da rodovia que fica um pouco depois do Atz no sentido Portão - São Leopoldo. Quem me reembolsará deste valor? É um pneu bem caro, e infelizmente o governador Sartori (e nenhum outro da mesma forma) não irá me ressarcir destes valores.

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