segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Abrace a você mesmo

Em minha trajetória de vida e profissional, tenho visto que o maior mal dos tempos modernos é a depressão. É impressionante o que a depressão pode fazer com cada um de nós.

Somos seres atormentados desde o primeiro choro ao sair de dentro da nossa mãe, até o último momento, o último suspiro. Todos os dias, queremos conquistar o mundo todo antes de levantar da cama, mas ao sairmos dela, o mundo está lá, opaco, cheio de dúvidas, de dores, medos e sofrimentos, com os quais sempre somos compelidos a aceitar e a enfrentar. Essas aceitações diárias produzem sofrimentos e ato contínuo, depressão.

A depressão ataca nossa alma quando não conseguimos lidar bem com os acontecimentos que nos cercam. Em nossa sociedade onde todos temos um papel para representar, porque temos de estar "alinhados", temos de cuidar para não ferir o outro, temos de estar politicamente engajados e corretos, temos de "pensar no grupo", temos que proteger os animais, enfim, temos de dar tanto de nós para estampar à sociedade que somos "perfeitos e felizes", que pouco tempo sobra para cada um de nós aprender a pensar por conta própria (e aqui vai um conselho, muito cuidado com você mesmo quando ousares pensar por conta própria, a sociedade moderna despreza pessoas em desalinho com a corrente de pensamento coletiva). Essa falta de tempo é um fator, à meu ver, para gerar depressão. A corrente coletiva impede que nos expressemos de maneira singular. E as redes sociais, por exemplo, ao contrário do que se possa pensar, não deu vazão à muitas opiniões conflitantes, apenas gerou seguidores de ideias bastante conhecidas, e gerou ainda outro fator catalisador de processos depressivos, a ideia de que temos todos de ser bonitos, festivos, endinheirados, e "open mind", se você não for isso, está por fora.

E então porque a grande maioria das pessoas não é bonita, festiva, endinheirada, e assim por diante, temos instaurado um processo depressivo generalizado, em nossas casas, com nossos amores, nas nossas empresas e nossos amigos. Isso acontece porque nos sentenciamos a uma vida de obrigações à vencer, a uma vida de progresso sem fim, onde uma vitória só leva a uma nova luta e uma derrota não pode nos abater, porque isso é coisa "de gente fraca". Não gente, eu sinceramente não vejo assim...caro leitorinho, se você puder assistir um vídeo no YouTube chamado "À princípio bastaria ter", vai ter fazer entender que a felicidade é um sentimento simples, é que qualquer classe social é apta para adquiri-lo, bastando que você entenda e aprenda a pensar por conta própria, e faça aquilo que você deseja, libertando-se da tirania do "pensamento coletivo".

Ao invés de abraçar a Dilma, ou o impeachment (não se engane, ou verdadeiros inimigos do povo estão em Brasília, mas também estão nos governo locais), o Inter, o Grêmio, abrace a você mesmo antes de mais nada. Perdoe-se, ame-se, entenda-se, aceite-se e tente buscar aquilo que é importante dentro do seu coração. Seu corpo e seu espírito são dotados de uma capacidade infinita de produzir energia positiva e produtora de grandes benesses, mas para isso, é necessário eliminar de dentro de si esse processo depressivo que assola a mente de todos nós nesse "intenso" século XXI (intensidade é a palavra da moda no futebol agora, mas ela vale pra tudo, temos de ser múltiplos, ágeis, e devemos executar tudo isso intensamente o tempo todo).

Nunca será nosso fim, enquanto tivermos esperança. Se você está triste, chore e levante-se independentemente de quem ou quantos estiverem caídos do seu lado. Mantenha seus pés firmes no chão e ajude quem precisa sem alarde, siga em frente e saiba mudar aquilo que está errado, sem ficar carregando sentimentos negativos. Caso você esteja se sentindo bem, não guarde isso pra si, tente ajudar outras pessoas a melhorarem um pouco sua condição.

Um abraço pra vocês e muitas alegrias!

Leonardo

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